O vento sopra por todos os lados.
Invisível, percorre os cemitérios,
Apaga lápides, cruzes e fados:
O vento é poço eterno de mistérios...
Ele sopra por onde almeja e quer.
Eleva as pipas e sobe balão...
Brincalhão, sobe a saia da mulher;
E, se zangado, torna- se tufão...
O vento assopra o pó do que nos resta
E polvilhando a terra ele faz festa:
Espalha ao mundo nossa fragilidade...
Lapida o vento a pedra mais antiga.
Gemebundo, ele corre e se castiga,
Bradando ao céu a louca eternidade!...
Autor: J. Udine - 20-06-2011.
terça-feira, junho 21, 2011
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