terça-feira, junho 21, 2011

SONETO AO SOL DO MEIO-DIA.

Meio-dia, o Sol brilha a pino, intensamente...
Do alto dos edifícios as sombras caem exíguas.
O Astro-rei banha, por inteiro, em luz alucinante,
Todas as coisas semoventes ou raquíticas...

O Sol que resplende é insolente e herege.
Atiça o fogo nas calcinhas das meninas,
E em sua marcha caliente a tudo rege,
Com seus raios de prata, praças e colinas...

O Sol do meio-dia é um sol atrevido:
Dá sede, impaciência, e excita a libido
Dos que caminham por deserto atrás de gema...

O Sol do meio-dia, aqui, em Fortaleza,
Traz a força marítima da natureza:
O Sol pode espelhar a miragem de Iracema...

Autor:J. Udine - 18-06-2011.

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