terça-feira, maio 25, 2010

POEMA SURREAL.

Ontem, à noite, a Lua estava linda e esplêndida!
Eu, tomado por sidérico romantismo,
Beijei, instintivamente, a boca da noite...

Então, a sua negra boca, em delírios
De amor, verteu em meus lábios bilhões de estrelas,
De astros perfumados recendendo a lírios...

Que frenesi! Que apoteose! Que sã loucura!
Que quadro surreal, fantástico, quimérico!
Ó meu Deus, senti-me sublime criatura!

Porém a Lua, a branca Lua (ciumenta),
Que a tudo viu, escondeu-se por entre nuvens...
E não mais me surgiu, nessa sua noite cinzenta...

As estrelas são sempre dóceis e mui amáveis:
A gente as beija e conversa sempre com elas...
Mas, a Lua irradia ciúmes irretratáveis...

Porque se sente única e soberana, em seu véu!
Mas a boca da noite me deixou feliz:
Plena de astros me acolheu em seu doce céu!....


Autor: J. Udine - 28-04-2010.

Um comentário:

  1. CAMINHEI ENTRE FLORES, VAGUEI ENTRE ESTRELAS E ENTRE A LUA....CADA PASSO UM ENCANTO.

    OBRIGADA POR COMPARTILHAR TAMANHA BELEZA!

    ResponderExcluir