

"Poeta-burguês traz anel de doutor
No seu dedo anular da mão direita.
Da pedra azul topázio, em esplendor,
Surgem poemas para a classe eleita...
O poeta-burguês fuma charuto
Cubano e bebe uísque de doze anos...
No eixo Rio-São Paulo, reina absoluto
Por força dos seus versos puritanos...
Já o vate-proletário não tem vez...
No Sul do Brasil, ele é ofuscado
Pela bandeira do bardo-burguês...
Assim a Poesia verte o seu orvalho
De protesto e dor pelo aedo Carvalho,*
Nosso poeta-maior, sem voz e vez..."
_Autor: J. Udine – 03—01-2011.

Nenhum comentário:
Postar um comentário