quinta-feira, julho 22, 2010

SOBRE A INFÂNCIA.



A infância está submersa em mim, no lago
Da memória. De quando em vez  se agita,
Fazendo redemoinhos, mil afagos
No orvalho de minh'alma, que crepita...

A infância age em mim como um grande mago:
Toca-me com mãos de plumas...Levita,
Dança em meus pensamentos, qual orago
Num templo de amor em oração bendita...

Meu Deus, como esquecer a tal infância
Se ela é o único veio de esperança
A brotar no meu Ser em solidão?

Como olvidar o meu antigo céu,
Pleno de sonho, em louco carrossel,
Aos giros lúdicos do coração?!

Autor: J. Udine - 22-07-2010.

Um comentário:

  1. Meu amigo sonetista! Admiro e aplaudo sua dedicação e talento que tanto necessitamos para refrigério de corações!!

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