Numa rua da grande Fortaleza,
Na agitação do trânsito infernal,
Vi u'a jovem passada de tristeza,
Junto a asqueroso e reles animal...
Trazia o olhar desvairado e sem luz.
O cão, por sua vez, em solidão,
Exibia seus olhos vis, em pus...
Num imobilismo de dar compaixão...
Do canteiro central, fitava os carros,
Parados no sinal, em luz vermelha,
Sem estender as suas mãos mirradas...
Ao ver a cena, que nos causa esbarros,
Senti pena e dor dessa pobre ovelha,
Que vive como uma pária e desgraçada!...
Autor: J. Udine - 17-12-2010.
sexta-feira, dezembro 17, 2010
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Uma realidade muito bem retratada em forma de soneto!
ResponderExcluirVersos fortes, tocantes e que que nos fazem pensar...
Só me resta parabenizá-lo!