terça-feira, março 02, 2010

O VELHO RELÓGIO DE PAREDE.

No casarão sombrio e abandonado
O velho relógio de parede
Já não marca as horas do tempo.
Já não caminha com o tempo
De cada segundo
De cada minuto
De cada hora.
O velho relógio
De oxidadas engrenagens
Parou de vez
Na meia-noite do tempo...
Agora, é marcado,
Tão-somente
Pelo próprio e implacável tempo...
No silêncio de suas pancadas,
Abandonado na parede da sala
Traz consigo
As maquiagens do Tempo-Átila:
Poeira
Ferrugem
Mofo
Teias de aranha...
E por não mais marcar o tempo
O tempo fez-se nele
O próprio tempo...

(A.) J. Udine.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Há de ser o tempo, senhor implacável...nao perdoa novos nem velhos, ricos nem pobres...

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  3. O tempo é o senhor de tudo, ele inicia e se encerra sem que percebamos...e tudo realiza!
    Incansável, inplacável,ávido em querer-se mostrar onipotente!
    O tempo é dono de mim, de ti...
    Só nos resta curvar-nos diante da sua magnitude!

    Parabéns Poeta!

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