O velho relógio de parede
Já não marca as horas do tempo.
Já não caminha com o tempo
De cada segundo
De cada minuto
De cada hora.
O velho relógio
De oxidadas engrenagens
Parou de vez
Na meia-noite do tempo...
Agora, é marcado,
Tão-somente
Pelo próprio e implacável tempo...
No silêncio de suas pancadas,
Abandonado na parede da sala
Traz consigo
As maquiagens do Tempo-Átila:
Poeira
Ferrugem
Mofo
Teias de aranha...
E por não mais marcar o tempo
O tempo fez-se nele
O próprio tempo...
(A.) J. Udine.
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ResponderExcluirHá de ser o tempo, senhor implacável...nao perdoa novos nem velhos, ricos nem pobres...
ResponderExcluirO tempo é o senhor de tudo, ele inicia e se encerra sem que percebamos...e tudo realiza!
ResponderExcluirIncansável, inplacável,ávido em querer-se mostrar onipotente!
O tempo é dono de mim, de ti...
Só nos resta curvar-nos diante da sua magnitude!
Parabéns Poeta!