Cada palavra tem o seu perfume
Branca flor que se veste de negrume.
Cada palavra tem o seu matiz
Quando triturada no almofariz.
Cada palavra tem o seu amplexo
Sem distinção de raça, cor e sexo.
Cada palavra tem o seu condão
Harpa que tange nosso coração.
Cada palavra tem a sua esfinge
Desde quando passa pela laringe.
Cada palavra tem o seu mistério
Na lápide de qualquer cemitério.
Cada palavra tem suas raízes
No rio pantanoso das matrizes.
Cada palavra há de ser um teorema
Quando se insere dentro do poema.
Cada palavra tem o seu perfume
Na intermitente luz de um vagalume.
(A.) J. Udine.
sexta-feira, março 05, 2010
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